Filosofando no Brejo #15


Boas meus anjos! Tudo na paz!

Aos sábados, posto aqui para vocês Filosofando no Brejo, destacando alguns twitters publicados na semana com a temática LGBTTIS. Hoje, posto partes de uma carta de Alice Vianna nesse Filosofando no Brejo que, como citaram as meninas do Dedilhadas no vídeo 39, a carta é brilhante!

Eis partes da Carta Aberta ao deputado Jair Bolsonaro

Senhor deputado Jair Bolsonaro,

“Escrevo este e-mail para desabafar acerca de fatos que vêm ocorrendo à minha volta, que não apenas me estarrecem como também me chocam – e machucam. Espero que, na posição de defensor do povo, minhas palavras cheguem até o senhor na mais absoluta tranquilidade e respeito... Afinal, escrevo em nome de outros milhares de brasileiros que, tenha certeza, pensam da mesma forma que eu”.

“Ninguém é obrigado a gostar de homossexuais, senhor Jair Bolsonaro. A obrigatoriedade é quase sempre chata e quando falamos de apreciar ou não o outro, essa obrigação torna tudo ainda mais pesaroso. Mas lembro que uma das primeiras coisas que aprendi, ainda menina, é que devemos amar o próximo, e respeitá-lo tal qual ele é. Incondicionalmente.
Se eu não gosto do meu vizinho, isso não me dá ao direito de agredi-lo. Ou dá? Se me aborreço no trânsito, isso não significa que eu posso surrar o motorista ao lado. Ou posso? Se me irrito com meu chefe, a irritação não dá brechas para que eu me demita, tendo antes cuspido em sua cara. Ou estou errada?
O senhor não gostar de homossexuais é um direito seu. Mas se além de o senhor não gostar o senhor incitar a violência, usando as pessoas ignorantes como maquiavélicos fantoches, aí a coisa muda. Porque a partir do momento que as suas palavras comandam ações de terceiros, a coisa debanda. Concorda?”

“E antes que o senhor diga que integrantes da sua árvore genealógica jamais poderiam ser homossexuais, faço aqui minha ressalva: sou filha de heterossexuais e eu e meus irmãos heterossexuais recebemos a mesmíssima educação. Mas em determinado momento da minha vida, descobri que sou homossexual. Ou seja: esse papo de que quem é criado com amor, ou quem é criado por pais heterossexuais não é homossexual é balela. É lorota. É idiotice.
Não me orgulho em ser lésbica, mas tenho orgulho de ser quem eu sou: uma cidadã de bem, que honra suas dívidas e semeia a paz por onde passo. E não me importo se um dia o fato de eu não brincar de casinha como as demais meninas comprometa a minha integridade física, desde que neste momento eu esteja com a consciência tranquila (Sabe o que é isso?).
Espero que um dia o senhor perceba, com o seu coração, que tudo o que Deus quer é que sejamos boas pessoas. Espero que um dia o senhor pare de se importar tanto com o cu dos outros, e se preocupe com o que realmente importa: amar ao próximo como a si mesmo”.

Grata pela atenção,

Alice Vianna


E aí? Eu adorei! E vocês? O que acharam?

 Grande beijo,

(¯`•.Therê.•´¯)®

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